A ideia de “Pai”, associada à onipotência de deuses das grandes religiões, mas também a de humildes serviçais, atravessa a história, entre trancos, alcançando este domingo como uma oportunidade de conciliação para um almoço ou um abraço de paz com os filhos.Os ritos de pacificação, envolvendo os mais diversos meios, convidam à circulação monetária para entrega de presente. No Brasil, 1% de privilegiados são agraciados coma chance demandar embrulhar uma Ferrari ou uma Lamborghini modelo 2026.Já o conjunto de 99% da população tem suas opções de “reconhecimento” ou de cumprir a obrigação de fazer girar a roda da economia, validando desde “lembrancinhas” a peças de vestuário, modesto barbeador ou um bom livro capaz de alargar os horizontes.Mais do que uma data comercial, trata-se de boa chance para traçar um balanço de toda a dedicação porventura oferecida às crianças, reconhecendo posturas que vão além do dever da “pensão” e confirmando haver amor –e muito – no trabalho da “paternagem”. Ao investir no perfil acolhedor e provedor, somos convidados a refletir sobre o verdadeiro significado de estar junto, de compartilhar momentos e de fortalecer laços.Para além da celebração, o Dia dos Pais é ocasião para reencontrar a essência do afeto, da compreensão e do respeito mútuo. A data remete, ainda, à importância de dedicar tempo e atenção àqueles que fazem parte da nossa história e que tantas vezes nos apoiam e inspiram.De uma lei natural, aliás duas, não podem escapar os protagonistas dos encontros de hoje: não há como perpetuar avida sem a participação de seu insumo; equanto mais longevos os pais, maior aprojeção afetiva a atualizar a potência do primeiro enlace, remetendo ao infinito a relação de ancestralidade que alcança o tempo presente para projetar o futuro no qual os filhos serão pais, avós e assim sucessivamente, seguindo a linha da vida.
Paz e filhos
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