Motta diz que punição sumária de parlamentares seria medida incorreta para motim na Câmara

‘Não admitir jamais nenhum tipo de chantagem’, diz Motta sobre ocupação do plenário da Câmara
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou em entrevista à GloboNews nesta quinta-feira (14) que punição sumária de parlamentares que participaram do motim na Câmara para obstruir fisicamente os trabalhos da Casa seria medida incorreta.
Nesse sentido, Motta afirmou que encaminhou o caso à Corregedoria da Casa para que o episódio fosse analisado. Ele foi questionado se a obstrução ficaria impune.
“Como se trata de um evento, um momento em que a Casa teve a participação de vários parlamentares, eu acho que fazer isso por rito sumário seria, na minha avaliação, a medida não correta para o momento”, frisou.
“Então, usamos o ato regimental, o corregedor já está cumprindo o prazo. Nós mandamos todas as denúncias para a Corregedoria, ele já está notificando os parlamentares e penso que nesse prazo dos 45 dias, sem prejuízo daquilo que tem que ser feito, que é a responsabilização desses parlamentares, a Corregedoria vai se manifestar e a Mesa [Diretora da Câmara] vai tomar as providências cabíveis, porque a gente não pode permitir que o que aconteceu volte a se repetir”, prosseguiu.
Segundo Motta, a Corregedoria precisa fazer uma apuração imparcial e firme. “Não podemos permitir que isso vire um costume na Câmara”, justificou.
Motta admitiu que o ex-presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL), ajudou nas negociações, assim como outros deputados. “Todos esses parlamentares se mobilizaram para resolver [o problema] e acho que isso é natural”, emendou.
Preconceitos com pautas
Motta ponderou também que assim como não pode ceder à chantagem de parlamentares, também não pode ter preconceito com pautas.
– Esta reportagem está em atualização
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