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Segundo a magistrada, o estado e o governo americano violaram uma lei federal que exige uma avaliação de impacto ambiental antes da construção de instalações como o centro de detenção.A juíza deu razão a grupos ambientalistas e à tribo local Miccosukee, que apresentaram uma ação alegando que o centro de detenção era um perigo para o delicado ecossistema local de pântanos.”O projeto causa danos irreparáveis na forma de perda de habitat e aumento da mortalidade de espécies em perigo de extinção na região”, escreveu a magistrada em sua ordem.O governo da Flórida, proprietário das instalações, apresentou recurso contra a decisão judicial.Campanha contra a imigração irregularA administração do governador Ron DeSantis construiu o centro em uma base aérea abandonada nos Everglades em apenas oito dias, com o objetivo de ajudar o presidente Trump em sua campanha contra a imigração irregular.Desde a abertura em 2 de julho, ativistas e opositores pediam o fechamento, pois consideravam que colocava em risco uma área natural protegida e que não respeitava os direitos dos detentos.Vários presos e advogados denunciaram recentemente péssimas condições de detenção. Em entrevistas à AFP, eles mencionaram dias inteiros sem ver a luz do sol e criticaram a falta de higiene e de acesso a cuidados médicos para os migrantes detidos.Um deles, transferido para outro centro, acusou os carcereiros de agressão depois que reclamou das condições do local.Com a ordem publicada na quinta-feira, a juíza Williams, nomeada pelo ex-presidente democrata Barack Obama em 2011, se torna uma pedra no sapato do governo de Ron DeSantis.Há poucos meses, ela já havia bloqueado uma lei estadual que tornava crime a entrada de migrantes sem documentos na Flórida, o que gerou muitas críticas do governo.