Quinze pessoas foram condenadas por participação em um esquema criminoso no Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran/MG). Entre os réus estão policiais civis e despachantes de veículos. As penas ultrapassam 211 anos de prisão, com multas que somam quase R$ 785 mil. A maior delas foi fixada em 19 anos e um mês de reclusão.
Os condenados também terão de pagar R$ 200 mil por danos morais coletivos. Além disso, os policiais civis perderam seus cargos.
Segundo as investigações, o grupo recebia propina para atestar falsamente vistorias não realizadas, agilizar a emissão de documentos veiculares e permitir emplacamentos e lacrações fora do órgão de trânsito.
As sentenças são resultado da operação Êxodo 23, deflagrada em 2019 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Varginha e pela Promotoria de Justiça de Elói Mendes. Na época, 16 mandados de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão foram cumpridos nas duas cidades.
De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os acusados que colaboraram com as apurações tiveram as penas reduzidas e não cumprirão em regime fechado. Tanto os sentenciados quanto o próprio MP ainda podem recorrer.
Relembre o caso
Em dezembro de 2019 o MPMG deflagrou uma operação destinada a desmantelar organização criminosa instalada nas cidades de Elói Mendes e Varginha, composta por policiais civis, servidores do Detran/MG e despachantes de veículos, dedicada à prática dos crimes.
Foram expedidos, na época, 16 mandados de prisão preventiva e 21 mandados de busca e apreensão, com alvos nas cidades de Elói Mendes e Varginha. Participaram das diligências 53 policiais militares, 23 policiais civis (da corregedoria), oito promotores de Justiça e 17 servidores do Ministério Público, totalizando 101 pessoas. Foram empenhadas 25 viaturas. As investigações duraram aproximadamente dois anos e foram coordenadas pelo Gaeco.
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