A Polícia Civil de Minas Gerais efetuou, nesta quarta-feira (23), a prisão de um homem de 57 anos na cidade de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele foi detido em cumprimento a um mandado de prisão após ser condenado a 15 anos e seis meses de reclusão pelo abuso sexual de uma menina de 11 anos. O crime hediondo ocorreu em 2019, no bairro Calafate, na região Oeste da capital mineira.
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A investigação policial revelou que o agressor é tio por afinidade da vítima, que é enteada do irmão dele. Na época do crime, o homem estava na casa do irmão com o pretexto de realizar serviços de pintura no imóvel.
A descoberta do abuso foi desencadeada pela perspicácia da avó materna da criança, que notou uma fixação incomum do homem pela neta, que ele procurava constantemente. Diante da suspeita, a mãe da menina pediu à filha mais velha, de 16 anos, que tentasse descobrir o que estava acontecendo. Foi então que a vítima, fragilizada, desabafou com a irmã adolescente, revelando o abuso sofrido.
A família não hesitou em denunciar o caso à Polícia Civil, que prontamente iniciou as investigações. O homem foi indiciado ainda no ano do crime. A prisão concretizada hoje é resultado da condenação judicial proferida contra ele.
De acordo com a Polícia Civil, o único antecedente policial do condenado era um registro por manter pássaros silvestres em cativeiro.
A prisão do abusador marca o início da “Operação Arcanjo”, uma iniciativa da Polícia Civil mineira que visa intensificar o combate a crimes contra crianças e adolescentes. A ação coincide com o “Maio Laranja”, mês dedicado à campanha nacional de conscientização sobre o combate ao abuso e à exploração sexual infantojuvenil. A instituição planeja dar continuidade à operação com novas fases e promover ações educativas, inclusive em escolas, como parte da campanha de prevenção.
A delegada Danúbia Quadros ressaltou a importância das ações de conscientização nas escolas: “A gente tem relato que a partir dessas palestras e ações de conscientização das crianças e adolescentes nas escolas, crianças e adolescentes procuram as delegacias para relatar fatos que ocorreram. Por isso é tão importante ter essa atuação para além da repressão policial. Muitas vezes, a criança não sabe identificar que está sendo vítima porque, normalmente, [o autor] é uma pessoa da sua confiança e que vive com ela”, ressaltou a delegada.
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