Irmão de bebê morta com sinais de agressão tinha lesão suspeita, diz polícia de SC


Bebê com fraturas e sinais de agressão vai para UTI após ser levada à UPA com dificuldade de respiração
Polícia Militar/Divulgação
O irmão de 3 anos da bebê morta em Santa Catarina, que também apresentava fraturas antigas e sinais de agressão pelo corpo, tinha uma lesão suspeita e foi submetido a um exame pericial para apurar a natureza do ferimento. A informação é da delegada Fernanda Gehlen, que acompanha o caso.
A morte da vítima de 8 meses aconteceu no Hospital Universitário Santa Terezinha, em Joaçaba, no Oeste, na noite de quarta-feira (21). O caso foi descoberto após ela dar entrada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Herval D’Oeste, cidade vizinha, com febre e dificuldade para respirar.
O Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar o irmão da bebê morta.
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Conforme a delegada responsável pelo caso, a mãe e o padrasto dos menores foram ouvidos na quinta e apresentaram versões diversas e conflitantes, onde cada um atribuía ao outro a responsabilidade pelo cuidado das crianças. Ninguém foi preso.
“Ambos alegaram que saíam para trabalhar e o outro ficava em casa responsável pelas crianças”, disse. “Nenhum dos dois fez acusações para o outro. Afirmaram que nunca presenciaram a agressão física, seja contra a vítima, seja contra a outra criança de 3 anos que também residia na casa”, complementou a delegada.
Bebê levada ao hospital com fraturas antigas e sinais de agressão morre
Vítima foi internada com fraturas e sinais de agressão e internada na UTI
A situação foi descoberta após a bebê de 8 meses ser levada, na madrugada de quarta-feira (20). Devido à gravidade em que ela estava, a vítima foi transferida Joaçaba, onde foi admitida na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Conforme a Polícia Militar, que atendeu o caso inicialmente, a equipe médica relatou que a bebê tinha ferimentos antigos e recentes, como fraturas nas costelas, fêmur e braço, além de lesão pulmonar.
Aos policiais militares, a mulher teria dado versões contraditórias sobre o caso e tentado omitir a existência do padrasto da criança, que residia com a família, conforme a corporação. A Polícia Civil não detalhou o depoimento dela, mas disse que um exame atestou os ferimentos na vítima.
“Foram identificadas fraturas costais em diferentes estágios de consolidação óssea, que sugerem traumas sucessivos, causados em momentos distintos, alguns mais recentes, outros já mais antigos. Também foram identificadas lesões ósseas no antebraço e na coxa direita”, disse a delegada Fernanda Gehlen.
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