A partir desta terça-feira (6), as distribuidoras de combustíveis em todo o Brasil passam a aplicar uma nova redução no valor do litro do diesel. O corte de R$ 0,16 representa uma queda de 4,7% no preço do combustível, que passa de R$ 3,43 para R$ 3,27 nas refinarias. Este é o terceiro reajuste para baixo anunciado desde o início de abril e faz parte de um movimento influenciado por fatores internacionais e estratégicos.
A medida traz expectativa de alívio principalmente para caminhoneiros e setores dependentes do diesel, como transporte de cargas e passageiros, além de representar um potencial respiro para a inflação e os custos logísticos.
Queda do petróleo e aumento da produção global
A recente redução no preço do diesel acompanha o recuo do petróleo tipo Brent, cuja cotação caiu cerca de US$ 15 desde o fim de março, chegando a US$ 60 o barril na tarde desta segunda-feira. A queda se intensificou com o aumento das tensões comerciais entre China e Estados Unidos, o que impactou diretamente na demanda global por energia.
Outro fator determinante foi o anúncio do grupo OPEP+, composto por países exportadores de petróleo e aliados como a Rússia, de que aumentará a produção de petróleo. Esse crescimento na oferta global gera uma expectativa de maior disponibilidade do combustível e, consequentemente, pressão para redução nos preços.
Alívio gradual ao consumidor
Apesar da redução anunciada nesta terça-feira, o impacto direto para o consumidor nas bombas de combustíveis deve ser sentido apenas nos próximos dias. Isso se deve à cadeia de comercialização que envolve custos de revenda, mistura com biodiesel, impostos estaduais e margens de distribuição.
De acordo com dados da Petrobras, o preço médio do litro do diesel no Brasil está em R$ 6,26. No Rio de Janeiro, esse valor é ainda maior, atingindo R$ 6,35. Por isso, consumidores esperam que a redução nas distribuidoras comece a refletir rapidamente nos postos.
Especialistas destacam que, embora o corte não represente de imediato uma queda no preço final ao consumidor, ele contribui para reduzir pressões inflacionárias e pode influenciar positivamente diversos setores econômicos.
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