Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são considerados um dos investimentos de renda fixa mais populares entre brasileiros. Com a taxa Selic próxima a 15% ao ano em 2025, muitos investidores estão aproveitando a oportunidade para buscar ganhos acima de 1% ao mês, livres de Imposto de Renda, com segurança. No entanto, esse movimento também aumenta a incidência de erros comuns que podem comprometer os rendimentos e até o patrimônio.
Neste conteúdo, você vai descobrir os três erros mais comuns ao investir em CDBs e aprender como evitá-los, garantindo uma carteira mais segura, eficiente e alinhada aos seus objetivos financeiros.
1. Ignorar a solidez financeira do emissor
O erro mais frequente cometido por investidores ao aplicar em CDBs é focar apenas na rentabilidade oferecida, sem avaliar a saúde financeira do banco emissor.
Por que isso é um erro grave?
Ao investir em CDBs, você está emprestando dinheiro para uma instituição financeira. Assim, a solidez do banco é fundamental para garantir que ele consiga honrar os pagamentos no vencimento ou quando solicitado.
Recentemente, instituições como a BRC Financeira e a Porto Cred quebraram, deixando investidores dependentes do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Embora o FGC proteja aplicações de até R$ 250 mil por CPF e por instituição, entrar em um processo de recuperação judicial pode ser demorado e burocrático.
Como avaliar a saúde financeira de um banco?
Ferramentas como o Banco Data permitem verificar indicadores essenciais:
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Índice de Basileia: mede a capacidade do banco para absorver prejuízos. O mínimo exigido pelo Banco Central é de 11%.
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Índice de Imobilização: quanto menor, melhor. O limite máximo é de 50%.
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Histórico de Lucro: bancos lucrativos tendem a ser mais sólidos e seguros.
Por exemplo, o Banco Daycoval apresenta um Índice de Basileia de 14,8%, bem acima do mínimo, além de um índice de imobilização baixo e lucros consistentes. Já o Banco Voiter (ex-Indusval), com basileia abaixo do mínimo e prejuízos recorrentes, representa um risco elevado, mesmo que ofereça uma rentabilidade atrativa.
Dica prática: Antes de investir, sempre pesquise o banco emissor no Banco Data ou consulte relatórios financeiros públicos.
2. Não considerar o prêmio de risco em relação ao Tesouro Direto
Outro erro comum é aplicar em CDBs sem avaliar se o prêmio de risco compensa a troca pelo Tesouro Direto, considerado o investimento mais seguro do país.
Entendendo o prêmio de risco
CDBs, LCIs e LCAs são investimentos que, embora seguros, possuem um risco maior do que os títulos públicos, pois dependem da saúde financeira da instituição emissora. Por isso, devem oferecer uma taxa superior à dos títulos do Tesouro Direto para justificar o risco.
Atualmente, o Tesouro Selic 2028 rende aproximadamente 14,75% ao ano, com liquidez diária e risco soberano. Já o CDI — principal referência para CDBs — está em torno de 14,65% ao ano.
Qual a taxa mínima aceitável em um CDB?
Para ser competitivo e compensar o risco adicional, um CDB de liquidez diária deve pagar pelo menos 100% do CDI.
Por exemplo, o CDB de liquidez diária do Banco Daycoval oferece 106% do CDI, sendo uma excelente opção para quem busca rentabilidade superior com segurança e liquidez.
Em contrapartida, o CDB de liquidez diária do Banco do Brasil paga menos que 100% do CDI. Apesar da solidez da instituição, essa aplicação pode não valer a pena em comparação ao Tesouro Selic, que é mais seguro e ainda mais rentável.
3. Não alinhar o prazo do CDB aos objetivos financeiros
O terceiro erro recorrente entre investidores de CDBs é não ajustar o prazo de vencimento do título ao seu horizonte financeiro.
Por que isso é um problema?
Diferentemente dos CDBs de liquidez diária, que podem ser resgatados a qualquer momento, os CDBs de prazo fixo só permitem o resgate no vencimento. Se o investidor precisar do dinheiro antes, pode não conseguir acessá-lo ou sofrer perdas financeiras.
Como alinhar prazo e objetivo?
Se você sabe que não precisará do dinheiro por alguns anos, pode aproveitar CDBs de médio e longo prazo, que oferecem taxas significativamente superiores.
Por exemplo:
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CDB pré-fixado do Banco Daycoval: taxa de 14,5% ao ano com prazo de 3 anos. Ótima opção caso a Selic caia nos próximos anos, como previsto.
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CDB atrelado ao IPCA: com IPCA + 9%, protege o poder de compra e ainda proporciona um rendimento real elevado.
Contudo, se houver incerteza sobre a necessidade de resgate, priorize CDBs de liquidez diária, como o do próprio Daycoval, garantindo flexibilidade sem abrir mão da rentabilidade.
Como investir com segurança e eficiência em CDBs?
Sempre avalie a solidez financeira do banco emissor.
Compare a rentabilidade com o Tesouro Direto e exija um prêmio de risco adequado.
Alinhe o prazo do CDB com seu objetivo financeiro e necessidade de liquidez.
Importante: nunca escolha um CDB apenas pela promessa de uma alta taxa. Segurança e estratégia são essenciais para proteger e multiplicar seu patrimônio.
Investir em CDBs pode ser uma excelente escolha dentro de uma estratégia bem estruturada de renda fixa. No entanto, é preciso evitar os erros mais comuns que comprometem a segurança e a eficiência dos investimentos.
Antes de aplicar, pesquise, compare e, principalmente, alinhe seus investimentos aos seus objetivos e perfil de risco.
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