Leia Também:
Energia solar na Bahia: avanços, oportunidades de investimento e papel na transição energética
Economia verde e circular: conceitos-chave para um futuro sustentável
Transição energética é fonte de riscos e oportunidades para a Bahia
Head da Enel Green Power Brasil, Bruno Riga também chamou a atenção para a importância de um amplo debate acerca do curtailment, e exaltou o novo parque eólico, o 11º construído na Bahia pela companhia.”Pedra Pintada é uma usina que fica parada, não porque falta vento, mas porque estamo em fase de transição, está limitada a geração. Todos juntos podemos achar a solução. Pedra Pintada hoje usa a melhor tecnologia que existe no mercado. Além do problema do curtailment, a Bahia tem um grande potencial para desenvolver nova tecnologia. A gente tem a esperança, dependendo dos próximos leilões para desenvolver bateria. Queremos montar a primeira usina de baterias no país aqui na Bahia. Juntos, podemos construir um futuro sustentável”, pontuou.O Complexo EólicoO Complexo Eólico Pedra Pintada, um investimento de R$ 1,8 bilhão, possui a capacidade de 184 MW, com potencial de geração de 894 GWh por ano, por meio dos 43 aerogeradores presentes na planta. A energia produzida pode abastacer até 435 mil residências, de acordo com a empresa.
| Foto: Cássio Moreira | AG. A TARDE
“Isto é parte do nosso grande parque de geração que temos no Brasil, mas grande parte distribuída na Bahia. A Bahia, em particular, representa um dos lugares com os melhores recursos, solar e, sobretudo, eólico. Por isso, as condições para desenvolver crescimento, emprego e renda, são ótimas. O suporte por parte do Governo do Estado sempre foi muito positivo para incentivar esse tipo de empreendimento dando visibilidade sobre as áreas com maior recurso eólico”, ressaltou Antonio Scala.Bahia e compromisso com a energia limpaA instalação do complexo coloca a Bahia, mais uma vez, em posição de destaque na geração de energia limpa. Ao Portal A TARDE, o governador Jerônimo Rodrigues falou sobre a atuação do governo para manter o estado como referência no setor.
Tenho a intenção de não deixar a Bahia perder o lugar de líder na produção de energia renovável
Jerônimo Rodrigues ainda ressaltou o impacto que a instalação do parque eólico traz para a economia local.
Jerônimo Rodrigues durante inauguração do complexo
| Foto: Cássio Moreira | AG. A TARDE
“O mandato de um governador é de quatro anos. Um projeto como esse, ele para iniciar, se consolidar e ficar maduro, são décadas […] A preocupação com o meio ambiente, com as licenças, para que tudo aconteça no ganha-ganha, que o ambiente ganhe, a população possa ter emprego. Isso aqui dinamiza, mesmo que não possa ter emprego na base, vai ter pessoa que vai trabalhar e ocupar casa, pousada, restaurante, dinamizando a economia local”, destacou Jerônimo, que continuou.”Governador que tem curto prazo olha as duas coisas: as ações de emergência e as ações de três, quatro, 20 anos lá na frente, que não vou conseguir ver, mas tenho que deixar pronto”, completou.O gestor ainda afirmou sua intenção de manter a Bahia no local de destaque na geração de energia limpa, processo iniciado pelo então governador Jaques Wagner, hoje senador da República.”Eu tenho a intenção de não deixar a Bahia perder o lugar de líder na produção de energia renovável. Quero participar da transição de forma ativa. A gente vai fazer a parte da gente”, afirmou o governador.