Ex-deputado é condenado após genro usar cartão da ALMT para abastecer carro


Gilmar Fabris (PSD)
Marcos Lopes/ ALMT
A Justiça de Mato Grosso condenou o ex-deputado estadual Gilmar Fabris a três anos e três meses de reclusão, em regime aberto, pelo crime de peculato. Ele foi acusado de permitir o uso indevido de cartões de abastecimento da Assembleia Legislativa (ALMT) para beneficiar familiares com recursos públicos.
A sentença foi assinada pela juíza Cristhiane Trombini Puia Baggio, da 3ª Vara Criminal de Rondonópolis, nesta segunda-feira (21). A decisão também impôs o pagamento de 13 dias-multa, no valor unitário de 1/30 do salário mínimo, além do ressarcimento de R$ 1.143,91 aos cofres públicos.
O g1 tenta localizar a defesa de Fabris. No processo, a defesa alegou que os abastecimentos eram usados para ações sociais no interior do estado, inclusive em comunidades indígenas da região da Reserva Taiamã. No entanto, a magistrada considerou a justificativa improcedente e destacou a gravidade da conduta.
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De acordo com a denúncia do Ministério Público, o caso ocorreu em 2017, quando o genro do parlamentar foi flagrado em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, por um policial federal usando cartões da ALMT para abastecer um veículo da filha de Fabris, além de outro carro e galões de combustível.
Para simular legalidade, o suspeito teria adulterado os registros de abastecimento:
📲inseriu dados falsos;
⛽indicou uso de gasolina em vez de diesel;
✍️usou assinaturas diferentes das originais;
🚘apontou placas de veículos que não estavam no posto no momento.
Ele também mencionou como motoristas um assessor parlamentar e um chefe de gabinete que, segundo a investigação, não estiveram no local. A quilometragem e a quantidade de combustível abastecida também foram manipuladas.
Durante o processo, o genro do então deputado admitiu ter acesso ao login e senha do cartão corporativo do sogro.
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