Tesouro Direto oferece taxas históricas em setembro; IPCA+ passa de 7,7%

As taxas do Tesouro Direto entraram em setembro com força total, atingindo patamares raramente vistos nos últimos anos. Papéis indexados à inflação (IPCA+) e títulos prefixados estão oferecendo rendimentos atrativos, chegando próximos aos 14% ao ano, o que tem chamado atenção de investidores em busca de segurança e rentabilidade.

IPCA+ 2026: entre as melhores taxas históricas

O título IPCA+ com vencimento em 2026 está oferecendo taxa real de 7,78% ao ano, o que o coloca entre as 7% maiores taxas de abertura já registradas para esse papel. Desde dezembro de 2024, o título oscila entre 7,5% e 8%, mantendo-se em uma faixa extremamente elevada.

Esse papel deve ser retirado da prateleira do Tesouro Direto em 2026, quando estiver a três anos do vencimento, o que adiciona um fator de urgência para quem deseja investir com proteção contra inflação e boa taxa real.

Prefixado 2032: oportunidade para ganhos com marcação a mercado

Já o Tesouro Prefixado com vencimento em 2032, que chegou a pagar 15,25% ao ano no fim de 2024, está em trajetória de queda. Mesmo assim, segue oferecendo rentabilidade próxima de 13,9%, com potencial de ganhos para quem opera via marcação a mercado.

Indicadores técnicos mostram que o título está em zona de indefinição, com possibilidade de movimento brusco em breve. A análise gráfica aponta que o mercado está se preparando para uma explosão de volatilidade — e o resultado pode ser uma valorização significativa se os juros caírem.

Renda Mais 2065: risco alto, mas com potencial de valorização explosiva

O título Renda Mais com vencimento em 2065 se destaca por seu alto potencial de valorização, mas também por ser um dos papéis mais voláteis da carteira. Em 2024, chegou a desvalorizar 50% em função da alta de juros. Por outro lado, caso as taxas caiam nos próximos anos, pode dobrar de valor em até três anos.

Atualmente, a taxa gira em torno de 7,08% a 7,19%, ainda entre os maiores patamares do ciclo. Para investidores dispostos a encarar oscilações de longo prazo, o papel representa uma aposta ousada com possibilidade de grande retorno.

Qual a melhor estratégia: levar até o vencimento ou operar no curto prazo?

Para quem pretende manter os títulos até o vencimento, os rendimentos estão entre os mais vantajosos dos últimos ciclos. Já para quem busca ganhos com marcação a mercado, o cenário também é favorável — desde que o investidor esteja atento aos riscos e ao momento exato de entrada e saída.

Especialistas recomendam Tesouro Selic para objetivos de curtíssimo prazo, já que possui menor volatilidade e liquidez diária. Já títulos IPCA+ e prefixados são mais indicados para prazos superiores a 3 anos, quando o efeito da taxa real acumulada se torna mais relevante.

Volatilidade política e cenário global influenciam projeções

Além do cenário técnico, o mercado pode ser impactado por fatores políticos, como o julgamento de figuras públicas e instabilidades no ambiente institucional. No exterior, possíveis decisões econômicas dos Estados Unidos também tendem a influenciar o comportamento dos juros no Brasil.

Essas variáveis aumentam o potencial de oscilação das taxas — o que, para investidores bem posicionados, pode representar oportunidades de valorização considerável nos próximos meses.

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