Hoje, 29 de agosto, é Dia Nacional da Visibilidade Lésbica. A data reforça a importância da representatividade e mostra que o conceito de família muda constantemente. Apesar de ainda existir preconceito, a sociedade avança. Além disso, casais homoafetivos podem ter filhos biológicos e acessar procedimentos de reprodução assistida legalizados pelo Conselho Federal de Medicina.
O Dr. Rodrigo Rosa, especialista em reprodução humana e diretor clínico da Clínica Mater Prime, afirma: “Devido à burocracia no processo de adoção, os casais homoafetivos buscam cada vez mais clínicas de reprodução humana.”
Opções para casais femininos
Para casais homoafetivos femininos, o processo é mais simples do que para casais masculinos. Eles precisam apenas da doação de sêmen, realizada anonimamente por bancos especializados.
Com o sêmen, o casal pode optar por duas técnicas principais:
- Fertilização In Vitro (FIV): o óvulo é fecundado em laboratório e, em seguida, inserido no útero de uma das mulheres. Após cerca de 15 dias, o casal verifica o sucesso do procedimento. Além disso, a gestação compartilhada permite que uma mulher ceda o óvulo enquanto a outra realiza a gestação.
- Inseminação Intrauterina (IU): também chamada de inseminação artificial. O espermatozoide entra diretamente no útero durante a ovulação. Em alguns casos, os médicos estimulam a ovulação com medicamentos.
A decisão é do casal
O Dr. Rodrigo Rosa reforça que a escolha do procedimento deve caber ao casal. “Elas devem discutir todas as etapas do tratamento com o médico. Assim, podem avaliar expectativas, saúde e bem-estar de todas as partes envolvidas”, explica.
Conscientização e direitos
O Dia Nacional da Visibilidade Lésbica também informa sobre direitos e alternativas legais. Além disso, discutir opções de reprodução assistida ajuda a reduzir tabus e fortalece o direito de cada pessoa à própria família. Dessa forma, casais femininos podem planejar a maternidade com segurança e informação.
Fonte: Dr. Rodrigo Rosa – Ginecologista obstetra, especialista em Reprodução Humana, diretor clínico da Clínica Mater Prime e do Mater Lab, São Paulo. Instagram: @dr.rodrigorosa
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