Kel Ferreti passou 7 meses na prisão
Arquivo pessoal
A Justiça de Alagoas revogou nesta quarta-feira (6) a prisão preventiva de Kel Ferreti. O influenciador digital, que foi apontado como chefe de uma organização criminosa envolvida com jogos de azar online, foi condenado a 10 anos de reclusão pelo crime de estupro contra uma enfermeira de 28 anos em Maceió.A defesa dele informou que não houve imposição de medidas cautelares.
A decisão foi da Câmera Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas e permite que Kel Ferreti cumpra a pena em liberdade. Ao g1, a defesa de Ferreti informou que irá interpor novo recurso para discutir uma possível absolvição.
“A liberdade do Kel foi um passo essencial, mas a luta pela absolvição continua. Temos plena convicção de sua inocência. Nos autos, não há provas que sustentem a acusação. O que existe é uma narrativa frágil, sem respaldo técnico ou jurídico”, disse a advogada Amanda Montenegro.
O empresário foi denunciado pelo Ministério Público de Alagoas pelos crimes de estupro e lesão corporal. De acordo com o MP, o estupro aconteceu em julho do ano passado. Em seu depoimento, a enfermeira relatou que foi submetida a relação sexual com o influenciador de forma brutal e abusiva.
No Boletim de Ocorrência registrado por ela em setembro, a enfermeira contou que conheceu o influenciador em um grupo de aplicativo de mensagens de apostas online. Segundo ela, após conversas de teor sexual, os dois teriam marcado um encontro em uma pousada no bairro de Cruz das Almas, na capital alagoana.
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A vítima diz que ficou bastante machucada após a relação sexual e que Ferreti não deu importância. Ela apresentou prints das conversas, onde o influenciador sugere que a enfermeira “coloque gelo no local” para passar a dor. Segundo ela, Ferreti também disse que era policial e que já tinha batido em muitos bandidos para saber a força que usava.
Organização criminosa e jogos de azar
Antes da denúncia do estupro, Ferreti foi preso em dezembro de 2025 durante a Operação Trapaça. O influenciador foi apontado como suposto chefe de uma organização criminosa envolvida com jogos de azar online.
A investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (GAESF) apontou que a organização comandada por Kel era responsável por possíveis fraudes bancárias, com movimentações suspeitas relacionadas a empresas envolvidas em golpes virtuais.
Durante a operação, a polícia apreendeu no apartamento de Ferretei R$ 20 mil em espécie, joias, 14 iPhones e um Porsche.
Ministério Público denuncia Kel Ferreti por estupro contra enfermeira em Maceió
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