O governo brasileiro anunciou mais uma mudança importante na cúpula da Petrobras. Em comunicado divulgado na noite de quarta-feira (27), o Ministério de Minas e Energia confirmou a indicação de Marcelo Wik Pogliese para uma vaga no Conselho de Administração da estatal.
A nomeação não é apenas uma troca burocrática, mas parte de uma estratégia mais ampla de remodelagem da governança da maior empresa de energia do Brasil. Pogliese, atual secretário especial de assuntos jurídicos da Casa Civil da Presidência da República, possui um currículo de destaque. Doutor em Direito pela UERJ e professor na Universidade Federal da Paraíba, ele construiu carreira sólida no campo jurídico, credenciando-se para um dos cargos mais relevantes do setor energético.
Saída de Pietro Mendes e movimentações estratégicas
A vaga que Pogliese deve ocupar foi deixada por Pietro Mendes, que renunciou à presidência do Conselho de Administração em 20 de agosto. Apesar da saída, Mendes continua no setor: seu nome já foi aprovado pela Comissão de Infraestrutura do Senado para assumir uma diretoria na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Essa transição evidencia a forte interligação entre governo, estatais e órgãos reguladores, mostrando que as mudanças vão além da Petrobras e refletem o desenho da política energética nacional.
Interinidade e próximos passos
Na semana anterior, a Petrobras já havia nomeado Bruno Morete como presidente interino do Conselho de Administração, até a próxima assembleia geral. Agora, com a chegada de Pogliese, o governo reforça sua intenção de influenciar os rumos estratégicos da companhia.
Embora a indicação ainda precise passar pelos trâmites internos de governança da empresa, a expectativa é de aprovação em breve. Caso seja confirmado, Pogliese terá papel fundamental em um momento de desafios para a estatal: da transição energética às pressões por rentabilidade no mercado internacional.
Impacto no mercado e na política energética
As mudanças no Conselho da Petrobras têm potencial para impactar diretamente as ações da companhia na bolsa e a percepção dos investidores sobre sua estabilidade de gestão. Além disso, podem redefinir o equilíbrio entre os interesses políticos do governo e a necessidade de competitividade no setor energético.
A grande questão que se impõe é: até que ponto essas movimentações vão influenciar os próximos passos da Petrobras no cenário nacional e internacional?
O post Indicação de Marcelo Pogliese ao conselho da Petrobras movimenta mercado e governança apareceu primeiro em O Petróleo.